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Além de intensificar a guerra contra a gigante tecnológica chinesa Huawei e de assinar um pacote comercial com o Brasil, a delegação que veio dos Estados Unidos ao Brasil, teve o objetivo de, em parceria com Jair Bolsonaro, gerar “boas notícias” no campo das relações exteriores, a duas semanas das eleições presidenciais.

Em um movimento contra a participação dos chineses no leilão de 5G, os norte-americanos disseram estar dispostos a financiar “qualquer investimento” no setor de telecomunicações, informa O Estado de S.Paulo.

A delegação estadunidense em visita ao Brasil utilizou o país para atacar a China e deixou claro que espera que o governo de Jair Bolsonaro escolha empresas de outras nacionalidades para construir sua infraestrutura 5G.  

O ex-embaixador do Brasil nos Estados Unidos, Rubens Barbosa, avalia que a delegação norte-americana aproveitou a viagem para oferecer empréstimos e facilidades ao Brasil, “colocando uma ‘cenourinha’ para que o Brasil morda, excluindo a China do leilão”. O diplomata criticou a postura do governo de Jair Bolsonaro, afirmando que o mais prudente seria que o Brasil esperasse o resultado das eleições norte-americanas para decidir.

Na última segunda-feira, o conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, Robert O’Brien, que lidera a delegação, se opôs abertamente à escolha da empresa chinesa Huawei para implantação da tecnologia 5G no país. 

O professor de Relações Internacionais da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) e da FGV, Vinícius Rodrigues Vieira avalia que o governo Trump vai buscar gerar fatos que repercutam entre os eleitores americanos e demonstrar como fato positivo que está pressionando o Brasil na disputa contra a China. 

Foto reproduzida da Internet