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Dois fatos chamaram a atenção nos últimos dias: a “chacina do Guarujá”, em São Paulo, com saldo de 16 pessoas mortas pela Polícia do governador Tarcisio Freitas, reforçando o papel de agentes policiais no genocídio de negros, segundo grupo de estudos no assunto da Unicamp, e a entrevista xenofóbica do governador Romeu Zema, de Minas Gerais, contra o Nordeste, onde propôs a formação de uma frente única contra a região acreditando que o Sul e Sudeste podem contribuir mais para o Brasil colocando que o NE “só tem contribuições ilusórias”.

Os dois governadores representam os dois maiores colégios eleitorais no país e com o impedimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser candidato novamente à Presidência da República, pelo fato do Supremo Tribunal Federal (STF) ter tornado ele inelegível por um período de 8 anos por ter cometido abuso de poder político e ter feito uso indevido dos meios de comunicação, tanto Tarcisio quanto Zema disputam a preferência de Bolsonaro, tendo como discurso “bandido bom é bandido morto” e a discriminação contra os nordestinos.

O xenofobismo e o fascismo, ninguém se iluda, ainda está em alta neste país varonil. É preciso as pessoas de bom senso atentarem pra isso, sob pena desse discurso xenofóbico e racista, e porque não dizer fascista para sintetizar bem, continuar a crescer. Bolsonaro se tornou inelegível e pode ser preso pelos horrores que cometeu contra a humanidade e também por corrupção, mas as suas entranhas estão bem vivas ainda na sociedade e principalmente representadas por políticos ultraconservadores.

Mas ainda pode sair uma dobradinha revivendo a velha política do café com leite. Contudo, no meio deles tem a ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, disputando o voto das mulheres e dos evangélicos, com discurso também de ultradireita, tal qual Zema e Tarcisio.

Assim como a ditadura, fascismo nunca mais. Mas é preciso estar atento e forte!

Imagens reproduzidas da Internet