Política

Ministro do STF sustenta que Flávio errou — e agora, Jair e Michelle Bolsonaro podem ser investigados

Está no Viomundo, de Luiz Carlos Azenha

Eu não quero essa porcaria de foro privilegiado. Jair Bolsonaro, em março de 2017

Sou pelo fim do foro privilegiado. Eduardo Bolsonaro, em maio de 2017

Em off, ministro do STF diz que Flávio “errou” e investigação agora pode chegar em Michelle BolsonaroG

Segundo o ministro, “era melhor para a família o caso seguir na primeira instância, onde há uma limitação para ampliar o escopo por conta do foro privilegiado”

Jornal GGN – A jornalista Andréia Sadi afirma em seu blog no G1 que ouviu de um ministro do Supremo Tribunal Federal, em caráter de anonimato, que o pedido de Flávio Bolsonaro para suspender a investigação contra seu ex-motorista, Fabrício Queiroz, “surpreendeu” membros da Corte principalmente porque é um tiro no pé.

Flávio não era oficialmente investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, apenas Queiroz e outros assessores parlamentares.

Segundo o Estadão desta quinta (17), Flávio recorreu ao Supremo para suspender a apuração no Rio alegando ter foro privilegiado.

O ministro que vai relatar o pedido é Marco Aurélio Mello, mas enquanto este não se manifesta, Luiz Fux concedeu uma liminar que acolhe a demanda de Flávio e paralisa a investigação.

O ministro, mantido em sigilo, disse à jornalista que a iniciativa da defesa de Flávio foi um “erro” de estratégia, porque agora a Procuradoria Geral da República deverá obrigatoriamente avaliar a questão e “será obrigada a pedir a ampliação da investigação, porque os fatos também envolvem o presidente Jair Bolsonaro.”

Para o ministro do STF, Dodge deverá pedir para investigar a questão dos depósitos de Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro, que recebeu um total de R$ 24 mil da conta do ex-motorista suspeito de lavar dinheiro.

Segundo o ministro, “era melhor para a família o caso seguir na primeira instância, onde há uma limitação para ampliar o escopo por conta do foro privilegiado”.

Sadi lembrou que, pela Constituição, Bolsonaro não pode ser processado por fatos anteriores ao mandato, mas pode ser investigado.

“A avaliação é que o ministro Marco Aurélio, que é o relator, vai instigar essa ampliação da investigação”, antecipou a jornalista.

Foto reproduzida do Viomundo

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