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Editorial

Mulheres extremistas, submissas e contracultura

É inacreditável que em pleno século 21 existam mulheres submissas aos homens e outras que marginalizam a cultura. Me refiro a duas agentes públicas que dias atrás protagonizaram cenas de machismo e de contracultura, ambas políticas de extrema direita e bolsonaristas. São elas: deputada estadual com assento na Assembleia Legislativa do Maranhão, Mical Damasceno (PSD), e a prefeita de Canoinhas (SC), Juliana Maciel (PL).

Com um discurso de total submissão da mulher ao homem, justificando que o homem é o “cabeça da família”, a deputada extremista Mical Damasceno propôs que apenas homens participem de uma sessão solene na Assembleia Legislativa do Maranhão no Dia da Família, em 15 de maio.

“Nós comemoramos o Dia da Família em 15 de maio. E aí, veio uma ideia em meu coração, que eu acredito que seja divina, de nós fazermos uma sessão solene aqui, mas somente com homens para mostrar a toda sociedade que o cabeça da família é o homem”, declarou durante sessão plenária realizada na quarta-feira (17).

Damasceno extrapolou o seu palavreado chula ao dizer que gostaria de “encher’ o plenário de “macho”. Para ela, a mulher “deve submissão ao marido”. “Doa a quem doer. Porque as feministas defendem que tenha esse direito de igualdade. Elas querem estar sempre em uma guerra contra o homem”.

A outra aberração partiu da prefeita de Canoinhas, Juliana Maciel, do PL, partido de Jair Messias Bolsonaro, que publicou um vídeo em suas redes sociais dizendo que o PT, através de sua gestão federal, propaga apelo à  livros que “trazem desenhos e textos de cunho sexual”.

“Mais uma vez, o governo do PT faz esse tipo de coisa. ‘Bota’ o adolescente, ‘bota’ a criança, induz a coisa que não é dos valores do que a gente acredita, não é o que a família quer que ele aprenda, não é o que realmente uma criança ou até um adolescente precisa ler numa biblioteca”, diz a prefeita em vídeo.

Como parece que a prefeita nega a cultura, comum entre os extremistas de direita, não sabe que os livros jogados no lixo são: Um Guia Inusitado Para Crianças Descoladas (Seguinte, 2018), de Zep e Hélène Bruller, e As Melhores do Analista de Bagé, de Luis Fernando Verissimo (Objetiva, 2007).

Bom, pra quem acredita que a terra é plana e menino deve vestir azul e menina rosa, nada absurdo nas atitudes das duas políticas extremistas.

Em tempo: confira o meu comentário sobre o assunto no BB News TV e no Canal YouTube clicando aqui

Foto reproduzida da Internet

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