Editorial

Nós éramos felizes e não sabíamos

Parafraseando uma mensagem posta no twitter pela pessoa de nome Erico Dietrich, digo que “tenho saudades daquele país “quebrado pelo PT” onde havia emprego, gás de cozinha e combustível sem reajuste semanal, havia leis trabalhistas e financiamento  habitacional, o salário mínimo aumentava ao invés de diminuir, podíamos nos aposentar e éramos respeitados no exterior…”

Completo dizendo que nos governos do PT, o negro teve acesso à Universidade Pública e gratuita, assim como os estudantes das escolas da rede pública. A empregada doméstica teve os direitos trabalhistas conquistados e o nordestino do interior do Nordeste não precisou mais saquear mercearias em suas cidades nem se teve mais o flagelo da seca com pedintes em sinais das capitais, graças ao Bolsa Família, tão criticado por alguns. Talvez estes que criticam é porque preferiam a indústria da seca para angariar votos, sobretudo os políticos sem escrúpulos que exploram a miséria do povo.

Lembro ainda que as universidades federais viraram verdadeiros canteiros de obras, caso da nossa UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e foram construídos mais Institutos Federais – no RN eram apenas dois, Natal e Pau dos Ferros, salvo engano – agora são 23.

Não custa dizer ainda que os governos Lula possibilitaram a duplicação da BR-101 no Nordeste e o início da transposição do São Francisco. Foi descoberto ainda a camada pré-sal, que o governo Temer entregou de bandeja para multinacionais explorarem.

O legado do PT na região, é importante frisar, vai muito além do Bolsa Família. A combinação de políticas sociais inclusivas e grandes obras de infraestrutura implementadas na região criou condições para um novo salto no desenvolvimento do Nordeste.

Esse desenvolvimento se deu na economia, na educação, na saúde, na atração de investimentos, na inclusão social e na consequente mudança da pirâmide de renda.

Para se ter uma ideia melhor, entre 2003 e 2013, o Nordeste teve índice de crescimento de 4,1% ao ano, enquanto o País ficou na marca de 3,3%, de acordo com o Banco Central. Só no ano de 2012, por exemplo, a economia local cresceu o triplo da brasileira.

Em 2014, a região passou a ser a segunda maior em consumo, atrás apenas do Sudeste, e corresponde a 13,8% da economia nacional.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), entre 2001 e 2012, o nordestino teve o maior ganho de renda entre todas as regiões, o que fez com a participação da base da pirâmide social caísse 66% para 45%.

Tudo isso fez com que a classe média deixasse de representar apenas 28% da população nordestina em 2002, para ser 45% em 2012.

Talvez e certamente por isso nós éramos felizes e não sabíamos.

Tenho dito!

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

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