Geral, O Baú de um Repórter

O Baú de um Repórter

No jornalismo acontecem coisas que pegam a gente de surpresa. Eu era repórter de Política do Diário de Natal e o colega e amigo Juliano Freire repórter da antiga Rádio Poti, hoje Rádio Clube. O presidente Collor viria a Natal, não lembro bem do que se tratava. Mas vamos ao fato:

O dia em que tive que emprestar um paletó a um colega maior do que eu

O presidente Fernando Collor visitava Natal (RN). A imprensa potiguar foi toda mobilizada para fazer a cobertura. Como repórter de Política do DN, eu e o colega Gérson de Castro fomos escalados para a cobertura pelo jornal. Pela Rádio Poti, empresa que pertencia também aos Diários Associados no Rio Grande do Norte, foi escalado Juliano Freire. Detalhe: Era exigido credencial e paletó para os repórteres que iriam fazer a cobertura.

Eu, Gérson e Moraes Neto, repórter fotográfico que nos acompanhou estávamos pronto para sair para o aeroporto. Já dentro do carro da reportagem no estacionamento do Diário de Natal, chega Juliano Freire todo apressado dizendo que ia pegar uma carona com a gente. Estranhamos o fato dele não estar de paletó, conforme exigia o cerimonial da Presidência da República para os jornalistas que fossem fazer a cobertura da chegada do presidente a Natal.

Pergunta daqui, pergunta dali, Juliano Freire queria saber quem tinha um paletó para emprestar. Como eu era o que morava mais próximo ao Diário de Natal, combinamos que iríamos passar na minha casa para pegar um paletó que coubesse nele. Ora, Juliano é mais alto do que eu. Mas, tudo bem, o importante naquela hora era arranjar um paletó. O resto a gente cuidava depois.

Passamos no meu apartamento e peguei um que achava que poderia caber em Juliano. Ao chegar no carro ele já estava de fora do automóvel pronto para colocar o paletó. Foi um verdadeiro sacrifício. Mas o paletó deu pra quebrar o galho, embora Juliano Freire parecesse mais um Jeca Tatu, com um paletó curto e apertado.

São lembranças como esta da Redação que nos faz rir um pouco e recordar as amizades. Tempos depois eu e Juliano Freire trabalhamos na coordenação da Assessoria de Comunicação do segundo governo Garibaldi. Eu como coordenador e ele como chefe de reportagem.

Obs do Blog: O web-leitor que quiser conhecer outras memórias deste repórter é só ir em BUSCA na coluna à direita e digitar uma palavra-chave tipo Baú

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