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por Carlos Alberto Barbosa

Subjetivo, que pertence ao sujeito pensante ou ao seu íntimo. Pois muito bem: na quarta-feira (3), o senador Rogério Marinho (PL-RN ), ex-ministro todo queridinho de Jair Messias Bolsonaro (PL), divulgou nota dizendo que a busca e apreensão contra Bolsonaro realizada pela Polícia Federal na casa do “capitão” afetava a “normalidade democrática”. Onde estava o senador bolsonarista quando Lula, então sem mandato, sofreu ação coercitiva da PF? Lembro que Marinho era um “nobre deputado”, na época. Onde estava Marinho quando o seu ex-patrão ameaçou inúmeras vezes a democracia? Onde estava Marinho no dia 8 de janeiro quando terroristas bolsonaristas depredaram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e, pasmem, o Congresso Nacional, “sua casa”? Não se viu nenhuma nota de repúdio nos casos citados.

E o deputado General Girão (PL-RN), também bolsonarista de carteirinha, que disse em dezembro para os bolsomínios acampados na frente de um quartel militar, em Natal (RN), que “Papai Noel viria camuflado”, como que um “alerta” para dar esperanças de um golpe aos terraplanistas , que acreditavam até em ETs em apoio a Bolsonaro. Girão, que votou contra equiparar salários de mulheres e homens para não prejudicar empresas justificou-se, em nota, afirmando que equiparar salários de mulheres a homens na mesma função são “obrigações acessórias subjetivas”. Para Girão, a lei deixa os empresários com “obrigações acessórias subjetivas”. Ah, sei, da mesma forma ele devia considerar que o voto das mulheres são ” obrigações acessórias subjetivas”. Mas não é isso que ocorre. Lamento que algumas mulheres ainda tenham como seu representante no Parlamento um deputado que tem concepções machistas.

Bom que se diga que a deputada Carla Zambelli (PL-SP), também votou contra as mulheres ao ser contra a equiparação salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função.

Como se observa, o bolsonarismo é subjetivo em tudo, ou seja, o que pertence ao domínio de sua consciência. É algo que está baseado na sua interpretação individual, mas pode não ser válido para todos. Portanto…

Imagem reproduzida da Agência Saiba Mais