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Editorial

O General entregou o Capitão, alguém tem dúvida?

Não tenhamos dúvida de que o General Freire Gomes, ex-Comandante do Exército no final do governo Bolsonaro, entregou o Capitão à Polícia Federal em depoimento de cerca de 7 horas na sede da instituição em Brasília. Até porque, a PF informou a Freire Gomes que ele seria ouvido na condição de testemunha; ou seja, obrigado a falar a verdade.

Lembro que o depoimento de Freire Gomes faz parte da operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF em 8 de fevereiro. A polícia investiga se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e militares fizeram parte de uma trama golpista.

 A PF queria saber ainda por que o ex-comandante não denunciou o que estava sendo tramado dentro do governo, se ele havia se reunido com o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ressalte-se que um dos temas que envolve as investigações é o acampamento em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. O general Freire Gomes foi quem deu a ordem para que o acampamento não fosse desmobilizado, no fim de 2022.

A PF apura se a decisão partiu dele ou se o ex-comandante recebeu uma ordem superior para interromper o trabalho da PF e da Polícia Militar do DF, que estavam desmontando o acampamento. E se recebeu ordem superior, o que é mais provável, Freire Gomes certamente revelou em seu depoimento, até porque não podia mentir.

O depoimento do ex-comandante do Exército é complementar ao do general Estevam Theophilo, classificado pelos investigadores como muito produtivo.

Além disso, é esperado para os próximos dias um novo depoimento do Mauro Cid, que deverá revelar novas informações ao inquérito policial que investiga a frustrada trama de golpe de Estado para impedir Lula de governar o país.

 O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro é citado mais de 70 vezes na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que embasou a operação contra militares e ex-ministros golpistas. Eles estão sendo investigados por tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder. As articulações golpistas culminaram com a invasão da Praça dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro do ano passado.

Foto reproduzida da Internet

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