Editorial

O governo Fátima e a obviedade dos fatos

Sempre que tenho oportunidade comento aqui e acolá que tentam arranjar para o governo Fátima Bezerra (PT) um “bode expiatório”. Já citei também que o escritor e filósofo italiano Umberto Eco – in memoriam – afirmou certa vez que “nem todas as verdades são para todos os ouvidos e nem todas as mentiras podem ser suportadas.”  Isso certamente é um antídoto para àqueles que são de certa forma ingênuos ou melhor dizendo, incautos que preferem a farsa do que a verdade, ou na pior das hipóteses, usam de má-fé.

Dias atrás o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Thiago Martins Guterrez, manifestou que a antecipação de recursos, mesmo antes de celebrar contrato, não configura crime, dado o momento de emergência sanitária. Guterrez se referia aos recursos antecipados no valor de R$ 48,7 milhões repassados pelo governo do RN ao Consórcio Nordeste para a compra de respiradores não entregues. Sobre isso o chefe do Ministério Público de Contas destacou que há investigações que se debruçam sobre o caso na seara criminal, realçando que o papel do TCE neste caso é verificar se houve crime na antecipação dos recursos. Ou seja, o “bode expiatório” que tentaram colocar no governo sobre o caso foi abaixo, tendo em vista que o MP de Contas concluiu que o governo do RN não cometeu crime ao antecipar dinheiro ao Consórcio Nordeste.

A bem da verdade o governo do Rio Grande do Norte, sem nenhum estardalhaço, já vem movendo desde maio uma ação coletiva junto com os demais estados que participam do Consórcio Nordeste, para ressarcimento dos recursos da compra de respiradores não entregues pela empresa Hempcare Pharma Representações LTDA. Portanto, repito Umberto Eco: “nem todas as verdades são para todos os ouvidos e nem todas as mentiras podem ser suportadas”.

Outro “bode expiatório” que foi por água abaixo: dizer que a governadora Fátima Bezerra não tem competência administrativa e que por isso a Petrobras está deixando o Rio Grande do Norte. Não é verdade. Isso faz parte de uma política do governo Bolsonaro ao qual o ministro das Comunicações, Fábio Faria, pertence, e que criticou Fátima. Como bem disse em Nota o governo, “a atual gestão encontrou um estado quebrado, com quatro folhas de pagamento do servidor estadual em atraso. Para aqueles que falam em competência administrativa, herdeiros desse passivo que deixou o estado em completa agonia, ou esquecem rápido a realidade ou agem por completa má-fé”.

“A ameaça da saída da Petrobras nada tem a ver com a gestão estadual. Muito pelo contrário. Se dependesse do governo do estado, a Petrobras jamais sairia do Rio Grande do Norte, ameaçando o emprego de 5.476 trabalhadores diretos – sem contar os indiretos – bem como a retirada de investimentos econômicos e sociais nos municípios onde a estatal atua”, concluiu a Nota.

Bom que se diga que a governadora Fátima Bezerra ainda tenta evitar a saída da Petrobras do Rio Grande do Norte. Para tentar evitar que a estatal
venda todo o ativo de produção de petróleo e gás no estado, inclusive a Refinaria Clara Camarão, que tornou o estado o único do país autossuficiente na produção de todos os derivados do petróleo, ela reuniu a bancada federal. A governadora Fátima Bezerra tratou com deputados e senadores do Rio Grande do Norte o apoio em nível nacional para evitar que a Petrobras deixe o estado.

“Estivemos com a diretoria da Petrobras por duas vezes e uma com o ministro das Minas e Energia desde o ano passado. Queremos mais e mais investimentos privados, mas queremos também a permanência da empresa, que há 47 anos atua em nosso estado. A saída da Petrobras, simplesmente, não é o melhor caminho. Sair do RN é uma decisão do governo federal, não da companhia”, disse Fátima Bezerra.

Daí reafirmar o que tem no título deste editorial: O governo Fátima e a obviedade dos fatos!

Foto reproduzida da Internet

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