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Faço minhas as palavras do filósofo, ensaísta, professor e tradutor húngaro residente no Brasil, Peter Pál Pelbart, que circula na redes sociais:
-Eu acho tudo isso que está acontecendo positivo no macro, embora esteja sendo dificílimo no micro.
Explico: todo esse ódio, toda essa ignorância, essa violência, isso tudo já existia ao nosso redor. Agora é como se tivessem tirado da gente a possibilidade de fingir que não viu. Caíram as máscaras.
O Brasil é um país construído em bases violentas, mas que acreditou no mito do “brasileiro cordial”. Um país que deu anistia a torturadores e fingiu que a ditadura nunca aconteceu. Que não fez reparação pela escravidão e fala que é miscigenado e não racista.
Nós fechamos muitas feridas históricas sem limpar e agora elas inflamaram. Estamos sendo obrigados a ver que o Brasil é violento, racista, machista e homofóbico.
Somos obrigado a falar sobre a ditadura ou talvez passar por ela de novo.
Estamos olhando para as bases em que foram construídas nossas famílias e dizendo: “essa violência acaba em mim. Eu não vou passar isso adiante”.
Como todo processo de cura emocional, esse também envolve olhar pras nossas sombras e é doloroso, sim, mas é o trabalho que calhou à nossa geração.
O lado positivo é que, agora que estamos todos fora dos armários, a gente acaba descobrindo alguns aliados inesperados. Percebemos que se há muito ódio, há ainda mais amor.
Saber que não estamos sós e que somos muitos nos deixa mais fortes. Precisamos nos fortalecer.
Essa luta ela não é dos próximos 15 dias, é dos próximos 15 anos. Mais: é a luta das nossas vidas.
Não cedam ao desespero. Não entrem na vibe da raiva. Não vai ser com raiva que vamos vencer a violência. E se preparem, tem muito chão pela frente!
Olá Carlos.
O texto citado atribuído ao filósofo Peter Pal Pelbart, não pertence a ele.
Seria interessante rever esta citação.
Grata
Parece que foi um um utilizador do Twitter chamado thatafabris (Thais) que publicou o texto onde, no fim, aparece o seguinte comentário:
“Esse texto é meu mesmo, embora esteja sendo compartilhado com o nome de um homem. Fique à vontade para compartilhar.”