Editorial

Os governadores do NE não inventaram a roda, mas inventaram o consórcio

Parece o óbvio governadores irem atrás de investimentos para seus estados, mas em se tratando de governadores do Nordeste, todos de esquerda e adversários político do presidente da República, não só no campo do relacionamento institucional, mas, sobretudo, ideológico, isso tem um diferencial. Daí se dizer que o Consórcio Nordeste é inovador na sua essência.

Sabedores das dificuldades de relacionamento com o Planalto, eles se juntaram numa missão internacional do chamado Consórcio Nordeste, integrada por 9 governadores da região, e apresentaram à Europa as oportunidades de investimento para empresas da França, Itália e Alemanha. Nas reuniões, gestores nordestinos também explicaram o funcionamento do consórcio e o potencial do Nordeste, um mercado de 57 milhões de consumidores.

Importante ressaltar que na passagem pelas três capitais europeias – Paris, Roma e Berlim -, o consórcio destacou o potencial de consumo e de desenvolvimento da região brasileira, que tem um PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 898,1 bilhões, equivalente a 14% do PIB brasileiro. A viagem é uma articulação para atração de investimentos, inclusive com a perspectiva de abertura de parceria público-privada (PPP). 

“O objetivo de buscar acelerar o desenvolvimento e a geração de emprego foi plenamente alcançado a partir da integração econômica com a Europa. Estamos programando uma ida à Espanha e Bruxelas no início de 2020 para fazer contato com o banco europeu de investimentos e visitar o Parlamento. Depois, China e Rússia para continuar dando visibilidade ao Nordeste”, comentou o governador da Bahia e presidente do Consórcio Nordeste, Rui Costa. Diga-se de passagem, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, já se antecipou ao consórcio indo à China.

Ainda segundo o presidente do consórcio, estão previstos dois encontros no primeiro trimestre do ano que vem, no Nordeste, para divulgar, detalhadamente, aos investidores estrangeiros as licitações nas áreas de tratamento de água, esgoto, resíduos sólidos, transporte e cidade sustentável.

Portanto, cabe repetir o que diz o título deste editorial, os governadores do Nordeste não inventaram a roda, mas inventaram o consórcio para atrair investimentos do exterior para seus estados com geração de emprego e renda. Fato!

E antes que um aventureiro qualquer lance mão, devo dizer que os resultados serão futuros e que os governadores eleitos democraticamente pelo voto popular estão cumprindo com o seu papel.

A conferir!

Foto: Elisa Elsie

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