Política

Pacheco diz que discutiu com Lula saída para os juros altos e impasse na tramitação de MPs

Está no g1

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que discutiu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião de duas horas, uma saída para os juros altos e também uma solução para o impasse na tramitação de medidas provisórias.

A reunião foi na residência oficial do Palácio da Alvorada. Lula está se recuperando de uma pneumonia, por isso está despachando de casa.

Além de Lula e Pacheco, participaram o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do Planalto, e os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Senado e Câmara vêm se desentendendo sobre o rito das MPs. Pela lei, uma medida provisória enviada pelo governo ao Congresso deve começar a ser analisada por uma comissão mista, formada por deputados e senadores.

Na fase aguda da pandemia de Covid, por causa das restrições de mobilidade e convivência, o rito mudou. As MPs começaram a tramitar pela Câmara. O Senado reclama de ter se tornado um mero carimbador do que foi decidido pelos deputados.

Agora, o Senado quer voltar ao rito definido por lei. A Câmara resiste. Ao governo, não interessa o impasse no Congresso.

“Na conversa, tratamos da tramitação das medidas provisórias e disse ao presidente que estamos trabalhando no encaminhamento da busca de um consenso. Também ressaltei ao presidente Lula que daremos celeridade devida ao arcabouço fiscal”, afirmou Pacheco após o encontro com Lula.

“Dentro disso, houve o reconhecimento mútuo de que a taxa de juros no Brasil está muito alta e afirmei ao presidente a importância de encontrarmos caminhos sustentáveis para a redução da taxa o mais rápido possível”, completou o presidente do Senado.

Ao afirmar que a taxa de juros está alta, Pacheco reforçou a pressão que Lula e ministros do governo fazem para que o Banco Central reduza a Selic. Lula entende que o atual patamar encarece o crédito e dificulta o crescimento da economia.

Pela lei de autonomia do Banco Central, cabe ao Senado aprovar o presidente e os diretores da instituição, indicados pelo presidente da República. A lei estabelece também que eventual exoneração do presidente do BC precisa ser aprovada pelo Senado.

Foto reproduzida da Internet



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