Editorial

Um repórter no velho Mundo e suas impressões

Primeiras observações feitas por um repórter em Paris num tour de 15 dias pelo Velho Mundo. Muitos imigrantes espalhados pela cidade. No trajeto do aeroporto até o hotel observou-se verdadeiros acampamentos sob viadutos e canteiros. O subemprego tomou conta também do primeiro mundo com vendedores ambulantes principalmente em locais turísticos como a Torre Eiffel.

Já no primeiro dia fomos tomados de surpresa ainda com o incêndio na Catedral de Notre Dame, que estava em obras. Outra constatação. Assim como a polícia inglesa a francesa também é muito violenta. Presenciamos duas cenas de truculência policial. Uma contra ambulantes imigrantes e outra em um café em que estávamos. Uma briga de socos e pontapés que surgiu do nada. Imediatamente policiais truculentos apareceram.

Quatro moças que estavam numa mesa e que conhecia o rapaz agredido saíram do café aborrecidas com a cena e disseram que não iriam pagar a conta. Quase que nos envolveram para pedir depoimento sobre o ocorrido. A sorte foi que por sermos brasileiros nos dispensaram. No mais, Lula Livre sempre lembrado pelos imigrantes quando descobrem que somos brasileiros. O motorista do táxi que nos levou do aeroporto ao hotel, um Sr paquistanês radicado em Paris há 12 anos também lembrou do Lula. D

Segundo dia em Paris. A cidade luz continua linda e encantadora com seus prédios antigos e charmosos. No entanto, a globalização levou a que os encantos de outrora cedessem lugar aos problemas de qualquer média ou grande cidade do mundo. Insatisfação com os políticos, subemprego, algumas ruas sujas, protestos o que levam ao vandalismo, como vitrines de lojas com marcas de pedras em vidros trincados, enfim, o cotidiano de toda metrópole, seja ela de primeiro mundo ou não. No entanto, Paris ainda encanta pelos seus cafés, jovens bonitos e principalmente pela politização do seu povo, o que não é nenhuma novidade.  

Terceiro dia em Paris. O diário de um repórter registra uma visita ao Palácio de Versalles. Uma riqueza exuberante. Os quadros dos registros em pinturas, já que na época não existia fotografia, sobretudo das batalhas ganhas por Napoleão mostram um vasto acervo histórico daquela época. No entanto, uma coisa me chamou a atenção. A famosa Batalha de Waterloo, em que Napoleão foi derrotado, não está nestes registros. Percorri todos os salões com os registros da época e não encontrei. Talvez o meu olhar de repórter tenha sido muito criterioso em achar que a França poderia ter um registro de derrota daquele que foi um símbolo do militarismo francês. No mais, Versalles é encantador sob todos os aspectos.

Quarto dia em Paris. O vício de repórter me levou ao rescaldo do incêndio na Catedral de Notre Dame. A imprensa francesa dando plantão no local, como se observa ao fundo. Até mini Studios foram montados. Cobertura diária como já era de se esperar. Também visitamos hoje a prisão onde ficou presa Maria Antonieta, que agora virou o Tribunal de Justiça. Também o meu fato de repórter me levou a descobrir que FHC se encontra  Paris. Naturalmente em visita a sua namorada.

Quinto dia do tour pela Europa. Desta vez Milão, a cidade da moda italiana.
A Galeria Vitorina Emmanuelle, ponto alto das grifes como Prada, Ferrari, Victor Hugo, Hugo Boss, Rolex e tantas outras vale ser visitada. Milão é uma mistura de cidade européia com seus prédios antigos de no máximo quatro, cinco andares, com cidade futurista, com edificações modernas e alguns espigões. Outa observação é que, talvez por ser a cidade da moda, com lojas de grifes, o milanês se veste de forma muito elegante. Assim como em Paris a imigração está presente também em Milão, sobretudo, de africanos. O Exército nas ruas foi uma coisa observada por nós.

Agora Veneza. Viagem de trem de Milão pra Veneza. Veneza é uma cidade encantadora e romântica com suas gândolas, seus canais, ruelas e prédios antigos. Tudo belíssimo. Digna de um cenário cinematográfico.

Florença, linda e encantadora também foi outra cidade no nosso roteiro. Um registro que vale conferir é que as cidades européias são muito parecidas com suas belas e enormes igrejas, castelos, museus, mas cada uma guarda um encanto diferente.

Em Florença tivemos a oportunidade de conhecer uma cidadezinha próxima onde morou Leonardo Da Vinci, chamado Fieosele, e que conta ainda com um sítio arqueológico onde se constata até uma arena da época dos romanos. Lindo o local. A quem visitar Florença sugiro conhecer. A Ponte Vecchio, em Florença, é outro local que se deve registrar. Nesta ponte ficam algumas lojas de grifes.

De lá seguimos para Roma em ônibus. Tr~es horas de viagem com estradas perfeitas e todas privatizadas. Roma é uma dessas cidades que encanta qualquer turista pela sua história. Belos monumentos e que conta um pouco do beços da civilização ocidental. Uma cidade repleta de turistas em qualquer lugar que voc~e vá. A primeiras impressões ao pegarmos o táxi da rodoviária até o apartamento que alugamos não foram boas. Um aspecto de sujeira e com muitas pichações. Mas depois, já no apartamento as impressões começaram a mudar. Aí fomos conhecer um pouco da história da humanidade com uma visita ao Coliseo.

Detalhe: observamos que andar pelas cidades europeias, mesmo não conhecendo, se torna fácil. São ônibus, metrôs, VLTs muito bem estruturados e de fácil acesso, com os bilhetes tendo validade a qualquer transporte urbano por um período de até 1 hora.

Observamos que a imigração na Europa tá muito forte principalmente tanto na França quanto na Itália. O curioso é que quando eles percebem que somos brasileiros abrem logo um sorriso. Em Florença, por exemplom um senegalês quando soube que éramos brasileiros nos presenteou com pulseirinhas parecidas com aquelas do Senhor do Bonfim. como eles vivemdo subemprego vendendo bugigangas pagamos a ele o valor das pulseirinhas para ajudá-lo. Em Roma também a presença do Exército nas ruas é muito grande assim como em Milão. Os carabinieres, que é a Polícia Federal italiana também atua fortemente nas ruas. Certamente para prevenir contra o terrorismo.

Lisboa, etapa final da viagem. Como já conhecíamos registramos apenas que a cidade continua linda e segura. Sequer se ver a presença de policiais nas ruas, tamanha é a tranquilidade. Registro também que vale ser feito. Em Lisboa, os portugueses fizeram uma convocação para comemorar os 45 anos da Revolução dos Cravos que tirou o ditador Antônio Salazar do poder, enquanto no Brasil o presidente fascista pedia que os quarteis prestassem uma homenagem a ditadura militar que perdurou durante 21 anos.

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