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por Carlos Alberto Barbosa

Os ditos “patriotas” que vão as ruas pedir a intervenção militar devem deixar de lado a fanfarronice e aceitar o resultado das urnas, até porque se houve fraudes não estão contabilizados nos mais de 60 milhões de votos obtidos por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito pela terceira vez no Brasil. Se houve fraude estes devem ser contabilizados aos poucos mais de 58 milhões de votos obtidos pelo atual presidente, candidato a reeleição, Jair Messias Bolsonaro (PL).

Senão vejamos: quem aparelhou o Estado, usou orçamento secreto, comprou votos e espalhou fake news nas redes sociais, mesmo desrespeitando de forma afrontosa a justiça eleitoral não foi Lula e sim Bolsonaro, justificando, aí, sim, os poucos mais de 58 milhões de votos aferidos nas urnas pelo capitão. Pedir intervenção militar alegando fraude nas urnas é um tiro no pé dos “compatriotas”. Melhor ir pra casa ao invés de ficar na frente dos quartéis tomando cerveja e fazendo “micareta” com carros de som. Sugiro guardar a bandeira brasileira e a camisa verde e amarela para os jogos do Brasil na Copa do Mundo. Ah, poupem também o dinheiro da cerveja para os jogos da seleção brasileira.

Ah, não esqueçamos também que o procurador do Ministério Público Federal no Distrito Federal, Frederico Paiva, disse suspeitar que os bloqueios rodoviários feitos por bolsonaristas que não aceitam o resultado das urnas foram custeados por “financiadores ocultos”. 

“Os caminhoneiros tinham cobertura por trás. Ninguém abre mão de trabalhar por todo esse tempo se não há cobertura financeira por trás”, afirmou Paiva em entrevista à Globonews.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, também já deu prazo de 48 horas para a Polícia Rodoviária Federal enviar informações à Corte sobre caminhões e veículos que participaram de bloqueios em rodovias federais.

A decisão deverá ser cumprida também pela Polícia Federal e as polícias Civil e Militar dos estados. Na decisão, assinada na segunda-feira (7), Moraes também pediu dados sobre os proprietários dos veículos.

Perfeito o que disse em artigo na revista Crusoé, o escritor Jerônimo Teixeira: “ilusório imaginar que o presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas urnas no domingo (30), seja líder dos 58 milhões de eleitores que votaram nele no segundo turno”.

E completa:

“Talvez Bolsonaro tenha influência efetiva somente sobre uma minoria dentro da minoria: a turma que não quer ‘se adequar’”, preferindo fantasias sobre ministros do STF presos à realidade do país que voltará a ser governado pelo PT. Eu disse ‘influência’? A palavra mais apropriada seria inspiração: os delírios de uma minoria barulhenta e bagunceira são inspirados por Bolsonaro. Mas ele não tem controle sobre eles.”

Ponto final!

Foto reproduzida da Internet