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Aos incautos devo dizer que a farsa Bolsonaro/Moro está vindo à tona

Inicio o editorial do Blog citando o jornalista norte-americano Glenn Greenwald: “Todos nós temos opiniões, mas o problema é ignorar informação que a minha audiência não quer ouvir ou ler e alimentando tudo o que eles querem ouvir ou ler. Isso não é jornalismo de verdade.”

Dito isto reporto-me ao fato de que se faz necessário, mais uma vez, reafirmar que a farsa Bolsonaro/Moro está vindo à tona. O eleitor brasileiro “fraquejou” ao eleger Jair Bolsonaro presidente da República e ainda ao seu lado ter um juiz que virou seu ministro até quando lhe serviu, falo de Sergio Moro.

Bolsonaro não estava preparado para ser presidente da República. “Não nasci para ser presidente, nasci para ser militar”, disse ele em abril de 2019. Nisso ele tem razão.

Bolsonaro, além de despreparado para governar o país tem uma equipe desqualificada de ministros que mais atrapalham do que ajudam, haja vista a falta de diplomacia para lidar com problemas referentes ao desmatamento da Amazônia e agora com a vacina chinesa. A última de Bolsonaro relatado pelo jornalista Lauro Jardim, colunista de O Globo, diz que “há uma ordem expressa de Jair Bolsonaro aos seus ministros: nenhum deles pode receber em audiência o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming” .

Não só isso, Bolsonaro age como um ditador, ao cercear a liberdade de imprensa: a Polícia Civil do Rio intimou os apresentadores do Jornal Nacional, William Bonner e Renata Vasconcellos, a depor por suposto crime de desobediência a decisão judicial com relação a publicações que envolvem a investigação das “rachadinhas” no gabinete da Alerj (Assembleia Legislativa do RJ) de Flávio Bolsonaro, o chamado Caso Queiroz.

A emissora foi proibida judicialmente de publicar informações sigilosas sobre o caso, que envolve o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), primogênito do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o ex-assessor dele Fabrício Queiroz.

Quanto ao ex-ministro Sergio Moro, que foi demitido pelo patrão após desobedecer suas ordens, e que por isso perdeu um cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, conforme acordo vazado ainda na campanha para presidente da República, esse tá mais sujo do que pau de galinheiro.

Como fica a tese criada por ele [Moro] na Lava Jato sobre a existência de um caixa geral que alimentava a corrupção? A Alvarez & Marsal, empresa americana que não tem um caixa geral pelo qual passam os honorários da OAS, da Odebrecht, da Avianca, e de onde sairá seus vencimentos? Essa é a tese que condenou diversos réus, inclusive o presidente Lula. É uma teoria que não passa pelo teste da Lava Jato.

Como bem disse o jornalista Jeferson Miola, em artigo publicado no site Brasil 247, “o cargo de sócio-diretor da empresa estadunidense Alvarez & Marsal dado a Sérgio Moro é prêmio e recompensa pela atuação dele na guerra de ocupação e saqueio do Brasil promovida pelo governo dos EUA e capitais estadunidenses através da farsa da Lava Jato”.

Sintomaticamente, logo após as primeiras revelações da Vaza Jato pelo site The Intercept Brasil, Moro fez uma viagem de urgência aos EUA. Tudo indica que para buscar instruções e montar a estratégia de reação.

Acuado pelas revelações do Intercept, ele improvisou a viagem entre os dias 22 e 26 de junho de 2019, onde manteve agendas secretas em Washington – no Departamento de Estado e no FBI – e em El Paso, fronteira com o México, no Centro de Inteligência do governo dos EUA.

No regresso, para se esquivar de explicações e justificar o abafamento das investigações do escândalo da Lava Jato pela Polícia Federal, Moro trouxe na bagagem a versão fabricada da fantasiosa invasão de telefones celulares de altas autoridades brasileiras por hackers.

Até hoje, incrivelmente, nenhuma das graves e escandalosas provas reveladas pela Vaza Jato que incriminam procuradores/as, juízes/as, delegados/as da PF, e que comprometem de maneira indelével desembargadores do TRF4 e ministros do STF [“Aha, uhu, o Fachin é nosso!; In Fux we trust!; Barroso vale por 100 PGRs”] foram investigadas pela justiça brasileira.

Portanto, temos aí elementos suficientes para dizer que Bolsonaro/Moro não passaram de uma farsa que engabelou os eleitores brasileiros – aqueles que votaram em Bolsonaro, muitos deles agora arrependidos – , e que venderam aos incautos que “jamais iria se admitir a velha política fisiologista no novo governo”, e que corruptos iriam ser colocados atrás das grades. Nenhuma coisa nem outra aconteceu. Muito pelo contrario!

Foto reproduzida da Internet

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