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CPI dos Atos Golpistas: relatora quer ouvir Cid, Torres, Heleno, G. Dias, Cappelli e Braga Netto; veja lista

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A relatora da CPI dos Atos Golpistas, Eliziane Gama (PSD-MA), apresentou nesta terça-feira (6) o plano de trabalho que elaborou para o colegiado, que foi criado para investigar os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro. Nos anexos do documento, Eliziane propõe que sejam ouvidas pela comissão quase 40 pessoas.

Entre os nomes que Eliziane quer ouvir, estão o do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL); o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF no dia dos atos golpistas; os ex-ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, Gonçalves Dias e Ricardo Cappelli (interino), e o ex-ministro da Defesa Braga Netto.

Os pedidos propostos por Eliziane Gama ainda precisam ser votados pelos integrantes da CPI, o que não deve ocorrer nesta terça-feira (veja a lista abaixo).

A lista não contém o nome do ministro da Justiça, Flávio Dino, mas Eliziane já antecipou que ele deve ser ouvido em algum momento.

“Para tanto, e até por causa das relevantes funções de Estado que exerciam e exercem, é certo que será necessário ouvir, no momento adequado, o Ministro da Justiça, Flávio Dino; o então interventor na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli; e o General Gonçalves Dias, ex-Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI/PR). Todos eles, certamente, têm muito a contribuir com esta CPMI”, afirmou.

Lista

Veja a lista das pessoas que a relator propôs que sejam ouvidas pela CPI:

  1. Adauto Lucio de Mesquita, empresário suspeito de ser financiador
  2. Ainesten Espírito Santo Mascarenhas, empresário suspeito de ser financiador
  3. Ailton Barros, ex-major próxmo de Bolsonaro
  4. Alan Diego dos Santos, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto.
  5. Albert Alisson Gomes Mascarenhas, suspeito de participar dos atos
  6. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF
  7. Antônio Elcio Franco Filho, coronel e ex-integrante do governo Bolsonaro
  8. Argino Bedin, empresário suspeito de ser financiador
  9. Augusto Heleno, ex-ministro do GSI
  10. Diomar Pedrassani, empresário suspeito de ser financiador
  11. Edilson Antonio Piaia, empresário suspeito de ser financiador
  12. Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF
  13. Fernando de Souza Oliveira, ex-Secretário Executivo da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
  14. George Washington de Oliveira Sousa, condenado por participação na explosão de bomba no aeroporto
  15. Gustavo Henrique Dutra de Menezes, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP)
  16. Jeferson Henrique Ribeiro Silveira, motorista do caminhão-tanque onde foi colocada a bomba
  17. Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal
  18. Jorge Teixeira de Lima, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
  19. José Carlos Pedrassani, suspeito de ser financiador
  20. Joveci Xavier de Andrade, suspeito de ser financiador
  21. Júlio Danilo Souza Ferreira, ex-secretário de segurança do DF
  22. Leandro Pedrassani, suspeito de ser financiador
  23. Leonardo de Castro Cardoso, Diretor de Combate à Corrupção e Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal
  24. Marcelo Fernandes, Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
  25. Márcio Nunes de Oliveira, ex-Diretor-Geral da Polícia Federal
  26. Marco Edson Gonçalves Dias, ex-Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
  27. Marília Ferreira de Alencar, então Subsecretária de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
  28. Mauro Cesar Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
  29. Milton Rodrigues Neves, Delegado da Polícia Federal
  30. Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e ex-chefe interino do Departamento de Operações (DOP) da PMDF
  31. Ricardo Garcia Cappelli, ex-ministro interino do GSI
  32. Roberta Bedin, suspieta de ser financiadora
  33. Robson Cândido da Silva, Delegado-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
  34. Silvinei Vasques, ex-Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal
  35. Wellington Macedo de Souza, suspeito de envolvimento no episódio da bomba
  36. Valdir Pires Dantas Filho, Perito da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF)
  37. Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro

Questionamentos

Durante a leitura do plano de trabalho, Eliziane informou que esses nomes constavam dos anexos do plano, e não do plano em si.

Parlamentares de oposição, porém, afirmaram que a leitura dos nomes configurava, na prática, a inclusão dos nomes no plano e que, se o plano fosse aprovado, automaticamente seriam aprovadas as oitivas.

O presidente da CPI mista, Arthur Maia (União Brasil-AL), pediu a palavra e afirmou então que a leitura dos requerimentos seria permitida por ser “direito” da relatora.

Segundo vice-presidente da comissão, o senador Magno Malta (PL-ES) propôs que, quando o plano de trabalho fosse votado, os anexos, isto é, os requerimentos apresentados pela relatora, não fossem analisados, somente quando a comissão passasse à fase de votação de requerimentos.

Arthur Maia não respondeu à proposta de Magno Malta, passando a palavra a um outro parlamentar.

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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