Artigo

Critica ou elogio?

por Carlos Alberto Barbosa

Um amigo e colega preocupado com a queda no número de acessos ao seu blog, me disse que eu faço diletantismo por escrever por simples prazer não visando lucros. No seu blog ele tem algumas publicidades ao contrário do blogdobarbosa, que já chegou a ter alguns anunciantes, mas que certamente por sua linha editorial independente e sem amarras políticas ou econômicas deixou de ter.

Confesso que não sei se foi um elogio desse amigo e colega, fazendo a leitura do diletantismo do ponto de vista de que escrevo pelo prazer ou se foi uma crítica olhando pelo lado de que a sua referência ao meu “diletantismo” é do “amadorismo; comportamento de quem age imaturamente diante das regras e das normas que uma atividade pode requerer”. Prefiro acreditar na primeira opção.

Sempre disse que não faço jornalismo de “secos e molhados”. Prezo pela seriedade e procuro levar ao leitor (a) informações relevantes do ponto de vista político, econômico e social. Sou avesso a notícias miúdas, paroquiais. Me recuso a fazer esse tipo de jornalismo. Se pra ter anúncio tenho que partir pra esse “jornalismo”, me recuso, prefiro o diletantismo do prazer de escrever, mas escrever coisas que realmente interessam ao meu público. Ao escrever e dar minhas opiniões me coloco na posição do leitor (a).

Não sou blogueiro, sou jornalista e edito um blog. Essa é a grande diferença. Se pra manter um blog tenho que me sujeitar a ter publicidade – como a maioria – cobrando R$ 300 do dono da padaria, R$ 400 do dono do açougue, mais R$ 500 do dono do mercadinho, sem falar nos anúncios oficiais e grandes anunciantes, que ao final do mês juntando tudo você tem uma bagatela de R$ 4 mil a R$ 5 mil, ou até mesmo R$ 10 mil, R$ 15 mil, só com releases, tô fora.

Daí, repito, acho que o colega e amigo quando disse que faço diletantismo com o meu blog, certamente se referiu pelo prazer que tenho em escrever sem visar $$$$$$. Até porque se eu quisesse anúncios oficias os teria com toda certeza. Mas isso tira a minha independência.

Não estou numa disputa para ver quem tem mais acesso preocupado em perder anunciantes. Sou jornalista e escrevo com prazer no dia e na hora que desejo. Não tenho que me policiar e deixar de escrever sobre determinado assunto porque vai desagradar ao anunciante. Isso fica para a grande mídia.

Aliás, faço questão de ressaltar minhas opiniões não escondendo do leitor (a) o que penso principalmente sobre política, que é a minha seara. Se isso é diletantismo, acho que estou certo e sigo à risca o que aprendi nos bancos de faculdade de que jornalista não tem que agradar a ninguém, muito menos a anunciante.

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