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A revista britânica The Economist publicou reportagem nesta segunda-feira (12) expondo que a recessão da covid-19 está destruindo anos de progresso na América Latina na redução da pobreza e os economistas estão começando a mapear o quão grande é o impacto social da pandemia no continente.
A reportagem diz que a economia da região deve contrair 9,1% este ano, segundo a Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe. Isso significa que 45 milhões de pessoas voltarão à pobreza (elevando o total para 37% da população). A taxa de desemprego aumentou 2,2 pontos percentuais para 11% em nove países para os quais existem dados disponíveis, relata a Organização Internacional do Trabalho. A receita de salários na América Latina caiu 19,3%, em comparação com uma média global de 10,7%.
Economistas também consideram que os maiores perdedores serão as classes médias-baixas da região, porque os programas de assistência social proporcionam um piso de renda para muitos dos pobres. Embora mulheres, afrodescendentes e indígenas tenham maior probabilidade de perder renda, elas recebem mais ajuda do governo.
Segundo a reportagem, o dano vai durar na América Latina. Embora a pandemia esteja finalmente começando a diminuir na região, pelo menos por agora, e muitas economias tenham se reaberto, a demanda continuará deprimida porque as empresas e os trabalhadores estão mais pobres. Pesquisadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento descobriram que em recessões anteriores, quando o PIB se contraiu em 5% ou mais, o desemprego levou em média nove anos para retornar ao nível anterior.
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