Editorial

Jornalões fazem funeral, ainda que tardio, sobre farsa da Lava Jato

Primeiro foi o colunista Merval Pereira, do jornal O Globo, e que lutou pelo golpe de 2016 contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, e pela prisão política do ex-presidente Lula, que jogou a toalha e já não acredita mais na manutenção das sentenças do ex-juiz Sérgio Moro contra o petista.

Depois a Folha que em editorial do fim de semana publicou:
“Desde que vieram a público, em junho de 2019, os primeiros vazamentos de conversas entre investigadores da Lava Jato e o então juiz Sergio Moro, ficou evidente que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teve um julgamento imparcial no caso do famigerado apartamento de Guarujá (SP). As gravações mostraram uma proximidade inaceitável entre magistrado e acusadores, o que é razão suficiente para a suspeição”.

Nesta segunda-feira (1), O Estadão também não deixou por menos.
O jornal Estado de S. Paulo, que em 2018 disse ser “muito difícil” optar entre o social-democrata Fernando Haddad e o protofascista Jair Bolsonaro, hoje diz que os eleitores do atual governante foram traídos.

“O abandono de qualquer imagem de governo reformista se dá num momento em que a aprovação de Jair Bolsonaro caiu para 44%, uma queda de oito pontos em quatro meses, de acordo com a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA. No período, também diminuiu a avaliação positiva do governo (ótimo e bom) de 41% para 33%. Por diferentes motivos – a irresponsável atuação do governo federal na pandemia é apenas um deles –, mesmo os crédulos que confiaram nas promessas liberais e modernizantes de Bolsonaro começam a suspeitar, ora vejam, que foram enganados”, finaliza o editorial.

Não fiquemos só aí. O jornal  The New York Times, o mais influente do mundo, diz que o ex-juiz Sérgio Moro é responsável direto pelo caos no Brasil, por ter corrompido o sistema de justiça no País. “O Brasil vive várias crises ao mesmo tempo – a situação catastrófica da saúde, a economia frágil e a polarização política extrema. Agora podemos adicionar a corrupção do sistema judicial à lista. Não precisava ser assim. Os brasileiros tinham grandes esperanças há sete anos, quando um jovem magistrado chamado Sérgio Moro lançou uma operação anticorrupção chamada Lava Jato, ou Operação Lava Jato”, diz o artigo assinado pelo jornalista Gaspard Estrada.

Como se observa, a farsa da Lava Jato que alçou à Presidência da República o ultadireitista Jair Bolsonaro, está levando a mídia conservadora nacional e estrangeira a reconhecer que cometeram um erro de avaliação e a promover o seu funeral. .

Em seu conceituado manual de estilo o tradicional jornal português O Público definiu muito bem o deslize jornalístico, comparando com outras dignas profissões de alta responsabilidade: “Os médicos enterram os seus erros, os advogados enforcam os seus, enquanto os jornalistas publicam os erros que cometem”.

De fato a mídia conservadora, através dos jornalistas que a fazem, publicaram os erros que cometeram e promoveram com a ampla cobertura da Lava Jato, o impeachment da presidenta Dilma Ruosseff, a prisão do ex-presidente Lula, e a eleição do capitão Jair Bolsonaro, um desastre nacional que está levando o Brasil ao fundo do poço sobre todos os aspectos, político, social e econômico.

Daí repetir o que já dissera tempos atrás em editorial: O Estado deve desculpas a Luiz Inácio Lula da Silva. Clique aqui para ler

Charge reproduzida da Internet

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